
Palavras
do Senhor na boca do Profeta Oséias( Cap 4:1-6)
“1 Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel, porque o Senhor tem uma
contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem
conhecimento de Deus. 2 O que só prevalece é perjurar,
mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre
homicídios. 3 Por isso, a terra está de luto, e todo o que
mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os
peixes do mar perecem.4 Todavia, ninguém contenda, ninguém
repreenda; porque o teu povo é como os sacerdotes aos quais acusa. 5 Por
isso, tropeçarás de dia, e o profeta contigo tropeçará de noite; e destruirei a
tua mãe. 6 O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta
o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te
rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste
da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.”
Gostaria de inicial este “post “ a partir das palavras proferidas
pelo Profeta Oséias, que denuncia especificamente a manifestação da injustiça no
meio da nação de Israel, com a conivência dos profetas e sacerdotes. Ou seja, o
povo que deveria expressar a justiça do altíssimo, juntamente com sua liderança,
estava corrompido.
Sem qualquer risco de cometer
anacronismos, compreendo a questão denunciada pelo profeta como bastante atual,
pois vejo que a igreja de nossa geração esqueceu que o chamado ao Evangelho é
um chamado a viver uma vida justa e que, obviamente, expressa justiça (“Bem-aventurados
os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” Mateus 5:6).
Não consigo compreender uma vida
cristã que não manifesta em seu agir cotidiano uma ação ética segundo os
padrões revelacionais materializados nas Escrituras Sagradas. Bem como, que não
fica indignada com a cultura de injustiça que se estabeleceu em nossa sociedade, e também no seio da igreja,
especialmente nas políticas denominacionais.
É de estarrecer quando constatamos que
a igreja que deveria ser a própria expressão da justiça divina, passa a ser
gerida por sua liderança com os mesmos padrões mundanos, caídos e pecaminosos
que norteiam a política secular.
Na
perspectiva que acabamos de falar, os acordos políticos para escolha de líderes
eclesiásticos, muitas vezes não visam o melhor para a obra de Deus, mas
exclusivamente a manutenção do status quo
de lideranças que há muito tempo deixaram de temer a Deus, e que servem a seu
próprio ventre e a sua sórdida sede de poder. Homens: amantes das riquezas, mentirosos, violentos,
caluniadores, bajuladores.
Nesta
lógica, a justiça é pervertida, os regulamentos disciplinares só servem para aqueles
que não estão inseridos neste sistema caído que se propõe a gerir a coisas de
Deus, são instrumentos de opressão, armas para matar reputações e destruir
ministérios que por ventura busquem a justiça e o certo. São inversões de
valores, dossiês, acusações, posturas violentas, verdadeiras ações oriundas de
um sistema caído.
Temo
amigo leitor, que ao ler as minhas palavras, talvez você se arrisque
simplesmente a querer dar nomes aos bois, mas esta não é minha intenção, e sim
colocar você frente ao sistema que acabamos de descrever e desafiá-lo a se
indignar, e tomar uma posição frente ao que você sabe bem melhor do que eu,
seja um agente de mudança, não se cale ante as injustiças, se você tem voz e
voto dentro da sua estrutura de liderança; enxergue e ouça para além dos
discursos e seja uma voz profética de mudança.
Pr. Jonas Silva
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