
Após tantos anos convivendo com a comunidade chamada Igreja, percebo que é muito comum ouvir sugestões críticas a respeito da mesma, que redundam em colocações do tipo:
·
A minha igreja bem que podia ser mais
fervorosa;
·
A minha igreja poderia ser mais santa;
·
A minha igreja podia ser mais acolhedora
·
A membresia da minha igreja podia ser mais
participativa;
·
A minha igreja podia ser mais envolvida como
evangelismo e missões;
·
A minha igreja podia ser igual aquela outra
igreja;
As
sugestões são múltiplas, e os exemplos citados não esgotam a questão, contudo,
me fazem concluir que certos ditos populares se aplicariam perfeitamente aos
membros da igreja, como uma pequena adaptação, senão vejamos: Todo crente no
fundo é um técnico de igreja (parafraseando: todo brasileiro é um técnico de
futebol), a igreja do outro é sempre mais verde (parafraseando: A fruteira no
quintal do meu vizinho é sempre mais verde).
Contudo,
quando passo a refletir sobre o caráter comunitário da igreja e a respeito do
corpo de Cristo, fico imaginando que qualquer crítica que fazemos a nossa
comunidade de fé, na verdade é uma crítica aquilo que sou enquanto cristão.
É
comum irmãos em Cristo passarem a vida apontando e ressaltando as reformas e
modificações que necessitam a sua Igreja, esquecendo que cada mudança brota inicialmente
no coração de cada pessoa movida pela consciência da Palavra de Deus e
convencida pelo Espírito Santo. Logo, se faz necessário antes de qualquer crítica
à instituição, ou à comunidade, uma autocrítica a respeito de que eu tenho
feito para proporcionar essa mudança, para realizar aquilo que entendo como
necessário e almejado em minha comunidade de fé. Entendendo isso, gostaria de
retomar as questões iniciais com algumas indagações plausíveis:
·
A minha igreja bem que podia ser mais
fervorosa; Como anda o meu fervor espiritual?
·
A minha igreja poderia ser mais santa. Como
anda a minha santificação?
·
A minha igreja podia ser mais acolhedora.
Você tem sido acolhedor?
·
A membresia da minha igreja podia ser mais
participativa. Como anda a sua participação na vida comunitária?;
·
A minha igreja podia ser mais envolvida como
evangelismo e missões. Você tem se envolvido com as atividades missionárias?
·
A minha igreja podia ser igual aquela outra igreja.
Será que você é um membro igual aos que estão naquela igreja?
Ora-se muito para Deus mudar as igrejas, mas
entendo que a mudança de qualquer comunidade de fé passa necessariamente pela
mudança do coração da membresia, incluindo daquele que intercede.
No fundo a igreja não é culpada pelo não
atendimento das nossas projeções, na verdade ela é uma vítima daquilo que somos,
ou seja, se queremos uma igreja diferente e melhor, sejamos membros melhores,
mais participativos, acolhedores, envolvidos e espirituais.
Pr. Jonas Silva