Antes de qualquer coisa gostaria de pedir desculpas aos leitores do blog pela ausência de “posts”, embora reconheça que não foi por falta de demandas e assuntos, a minha vida anda uma loucura, final de semestre nos seminários, projeto do mestrado em pleno funcionamento, a igreja, atividades no quartel, só em relatar já me deu vontade de desistir de escrever, mas, como defendo: Pensar é preciso e escrever é possível, vamos lá!!!
O
CRISTIANISMO E A CULTURA
O assunto que pretendo abordar neste post
surgiu de demanda de uma das irmãs de nossa igreja, ele relatava a preocupação
com uma colocação firmada por um professor da faculdade de seu filho, que após
uma visita ao continente Africano, afirmará que reprovava o trabalho dos
missionários cristãos, tendo em vista as modificações culturais implementadas
pelo cristianismo.
Eu sei que o assunto é complexo para tentar
esgotá-lo em um simples “post”,
contudo, mesmo correndo o risco de ser superficial gostaria de pensar e falar
sobre a questão.
Em linhas gerais, podemos definir cultura
como: conjunto de conhecimento adquirido; que redundam em um conjunto das estruturas
sociais, religiosas, etc., das manifestações intelectuais, artísticas etc., que
caracteriza uma sociedade.
Uma Cultura é formada e solidificada a partir
de um processo histórico, mediante a ação do homem, que depois de sedimentada
passa a influenciar a cosmovisão das gerações futuras, que redundará na
definição de como as pessoas irão interagir com o meio, seja no âmbito social,
estético, político e até mesmo transcendental.
Do Cristianismo como forma de ver o mundo a
partir da revelação bíblica, vai sim, emergir uma proposta cultural, já que na
própria relação entre o criado e o homem e o homem e seu meio, revelada nas
Escrituras Sagradas (Gen 1:26-28), vai requerer deste homem que domine a terra
(seu ambiente) para louvor da glória de Deus, é o que chamamos tecnicamente de
mandato cultural.
Após a queda o homem continuou sim, estabelecendo
padrões culturais, contudo, destituídos dos padrões do seu criador, firmando
uma cultura a partir do homem caído, agregando assim valores e expressões
firmadas no pecado, conforme assevera o Apostolo Paulo em Romanos 1:18-32.
Ante as questões já citada, torna-se grande
desafio para o cristianismo: Entrar em contato com uma cultura separar dela
aquilo que o homem agregou, e que é contrário aos padrões revelacionais
bíblicos, sem, contudo, querer ocidentalizá-la como fizeram os padres e primeiros
missionários europeus e americanos em tempo passados.
Não há como cristianizar uma cultura sem
afetá-la, já que o cristianismo impõe a transformação do homem em sua
cosmovisão, que redundará
necessariamente no abandono de práticas lastreadas em uma cultura de
pecado. Sem necessariamente modificar todas as expressões culturais (como
música e demais expressões artísticas, culinária, vestimentas etc).
Muitos destas pessoas que levantam a bandeira
de que todas as culturas devem ser preservadas, visão típica da pós modernidade,
devem assumir a sua hipocrisia ao tentarem dar respostas a questões como o
infanticídio de deficientes em certas tribos indígenas, a antropofagia
(canibalismo), e questões éticas que confrontam os sólidos valores cristãos,
reconhecidos como universais, que lastreiam a sociedade ocidental.
O que ele, o professor citado no início do “post”, vendo ele ou um ente querido,
sendo prestes a ser morto e comido por outros homens, em uma cultura onde tal
ato é perfeitamente definido como aceitável. Será que naquele momento, ele não
iria querer e defender veementemente uma intervenção transformadora na cultura?
Mesmo que cristã.
Os Homens não devem ser tratados como animais
em extinção, ou bichos exóticos, pois eles sempre serão agentes de sua
história, e capazes a partir da racionalidade que Deus os deu, de fazer escolhas,
que formatem o seu ambiente cultural de maneira a viverem condignamente com o
seu Criador.
Pr.
Jonas Silva
Gostei muito desse post, tudo que eu esperava ouvir, sua opinião foi bastante plausível concordo que devemos absorver o melhor que uma cultura possa nos oferecer, mas lembrando sempre dos princípios bíblicos (cristãos) influenciando da melhor maneira á melhora da mesma.