Durante
toda a semana que passou, um dos assuntos mais comentados em meu trabalho foi a
catástrofe ocorrida em Santa Maria – Rio Grande do Sul, onde até o momento,
foram contabilizados cerca de 237 mortos todos jovens que foram vítimas de um evento
tão brutal.
Mas,
entre muitas conversas, sob sistemas de prevenções, postura dos integrante do
Corpo de Bombeiros Gaucho, e outras questões ligadas a profissão de Bombeiro
Militar, uma indagação me fez pensar, e talvez procurar dentro de todo o meu
arcabouço de fé, a resposta mais complexa. A pergunta foi: ONDE ESTAVA DEUS NO
MOMENTO DA CATÁSTROFE?.
Confesso
que a complexidade do tema, é um fator dissuasório para tratá-lo em um post, já
que pela exigüidade de argumentos, a possibilidade de interpretações daquilo
que vou escrever, poderão ser diversas, mas, me atreverei a relatar um pouco do
que foi dito por mim durante o diálogo.
A
resposta a pergunta: ONDE ESTAVA DEUS NO MOMENTO DA CATÁSTROFE? Para mim é
simples, Ele estava onde sempre esteve, em seu trono, que muito mais do que um
lugar geográfico, é uma posição de autoridade. Autoridade esta que respalda o
seu governo sobre todas as coisas e em todos os momentos.
Contudo
a grande pergunta que deveria ser feita ante o evento tão sórdido e comovente,
seria: ONDE ESTAVA O HOMEM NO MOMENTO DA CATÁSTROFE? A resposta a questão não
deve buscar lastro no dualismo gnóstico que faz adoecer a nossa espiritualidade,
que fatalmente daria a resposta: se estivesse em casa ou na igreja isto não
teria acontecido.
A
resposta a pergunta acima requer, também, que transcendemos posições geográficas,
e passemos a enxergar a condição do homem governado pelo pecado.
Pecado
este, que leva a ganância e a corrupção que conduziu todos os envolvidos a
tomarem as atitudes ativas e passivas que contribuíram de forma preponderante
para o acontecimento da catástrofe.
É
bíblico que cada homem dará conta de se mesmo a Deus, mas, o que muitas vezes é
esquecido que o pecado afeta as relações sociais, e que suas conseqüências traz
não só o juízo sobre a vida de quem o comete, mas pode trazer conseqüência sobre
a vida do outro ou outros.
Os
responsáveis pela Boate “Kiss” na ânsia e ganância de ganharem dinheiro, não
pensaram em seu próximo, as autoridades fecharam os olhos para as falhas
estruturais, os freqüentadores, na busca de diversão hedonista, nunca se
preocuparam com a sua própria segurança.
Deus
não estava inerte e nem distante, à catástrofe em Santa Maria, ao contrário do
que pensam os adeptos do teísmo aberto, aquele não era um evento fora do seu
poder interventivo.
Mas
devemos levar em conta o que diz as Escrituras em Gal 6:7-10:
7 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear,
isso também ceifará.
8 Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que
semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna.
9 E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
houvermos desfalecido.
10 Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos
domésticos da fé.
A
semeadura e a colheita é uma lei Divina, logo, muitas catástrofes são frutos da
semente da ganância e do egoísmo. O Homem não deve buscar em Deus o culpado para as conseqüências
de suas ações, e entender que a grande questão existencial não é onde Deus
está, mas, sim, onde ele (o homem) está.
É triste tratar desse assunto, mas, entendo que cabe diante da indignação uma reflexão.
Pr. Jonas Silva
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