Existe
um ditado popular que afirma se quisermos conhecer alguém dê dinheiro e poder,
a vida prova a veracidade desta assertiva, já tão consolidada na sabedoria das
pessoas.
Mas a experiência pastoral aponta para
uma outra verdade, que percebo que está por traz de muitas questões
existenciais, até mesmo do já citado dito popular, que é: QUE CONHECER ALGUÉM
DÊ A ELE UM DILEMA.
Dilema se traduza por situação
difícil, na qual é preciso escolher entre duas alternativas contraditórias ou antagônicas,
é fazer a escolha entre uma das várias soluções para uma questão vivenciada.
Só conhecemos uma pessoa
verdadeiramente quando a vemos tomando decisões e fazendo escolhas, é diante
dos dilemas que verificamos o grau de compromisso com Jesus, a medida do
crescimento espiritual e a medida de sua da fé.
Ser Cristão nas condições normais de
“temperatura e pressão” chega a ser bastante fácil, mas, quando as condições
climáticas da vida mudam e saem do normal, aí sim, que se revela a essência
existencial de cada crente. Principalmente quando se é vivenciado o dilema de
optar entre o que se quer e o que Deus quer, ser o velho homem ou a nova
criatura, confiar em Deus ou exclusivamente na força do braço, ter sucesso
diante dos homens ou o anonimato que leva ao sucesso diante de Deus, sofrer
pela causa do Evangelho ou buscar a zona de conforto.
Parece que o dilema é um instrumento
infalível para revelar o ser carnal ou espiritual que estar por traz da capa de
religiosidade de cada um, é nas decisões que aparece a ovelha ou o bode, o
santo ou profano, o discípulo ou o pecador, o que ouve a Deus ou que escuta
simplesmente a voz da sua vontade.
Tenho aprendido em minha jornada
pastoral que dos parâmetros que lançamos mão para atestar a espiritualidade, a
aparência é a mais falível de todas, pois quantas vezes vemos pessoas há tanto
anos na igreja, atendendo todos os requisitos de um bom cristão (aparência,
fala o idioma “crentês”, freqüência na Igreja, conhecimento teológico, etc).
Mas, quando chegam ao gabinete pastoral com um dilema, aí sim, o conhecemos quem
ele é verdadeiramente, por meios das decisões e escolhas que estão prontos a
fazer.
As escolhas feitas revelam a
prioridade de cada um, o desejo, as inclinações, é nas encruzilhadas
existenciais que se escolhe os caminhos que se trilhará demonstrando a força
motriz de cada vida.
Os grandes homens da Bíblia foram
revelados pela escolhas que fizeram ante os dilemas vivenciados por cada uma
deles, vejamos alguns exemplos:
1)
Jesus: viveu o dilema do sofrimento da Cruz,
mas disse: “seja feita a tua vontade” (Mat 26:42);
2)
Os Apóstolos: Ante o chamado ao discipulado,
escolheram deixar tudo e seguirem a Jesus;
3)
Daniel teve que escolher em agradar a Deus ou
aos homens, mesmo sofrendo risco de vida.
4)
Abraão teve que escolher entre ficar com sua
parentela ou acreditar nas promessas de Deus indo para uma terra desconhecida.
Por
isso, que hoje estou convicto mais do que nunca, que o verdadeiro discípulo de
Jesus se firma diante dos dilemas, precisamente por meio das escolhas
realizadas..
Pr. Jonas Silva
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