
No
próximo dia 21 de abril de 2012 aqui em Recife, a menos de 1 quilômetro da
minha residência, vai haver o show do ex Beatles Paul McCartney,
entre o ir e não ir ao show, eis a questão. Veio-me a polêmica frase proferida
pelo então integrante do quarteto de Liverpool, John Lennon, Em uma entrevista à repórter Maureen
Cleave, no idos de 1966: “Hoje os Beatles são mais populares do que
Jesus Cristo”.
A repercussão da frase á época foi funesta, os
crentes do chamado Cinturão da Bíblia, no Sul dos Estados Unidos, promoveram
campanhas contra os Beatles, queimando seus discos, Padres, Bispos e até mesmo
o Papa engrossaram o coro dos protestos. John Lennon teve de se retratar, jurou
que sua frase fora empregada fora contexto, que não era bem aquilo que queria
dizer.
O
interessante é que frase que odiei no passado, hoje dentro da espiritualidade
evangélica contemporânea, vem tomando novas dimensões, pois, percebo que mesmo a
idéia sem ser proferida em sentença, percebe-se que muitos líderes Cristãos vêm
trabalhando diuturnamente para serem mais populares que Jesus Cristo.
O
Cristianismo contemporâneo não tem o Senhor Jesus como centro, na verdade, hoje,
líderes carismáticos usam Cristo como discurso e pretexto, mas, o que importa
mesmo é fazer marketing do seu nome ou ministério.
A
lógica matemática implementada por João, o Batista, “Convém que ele cresça e que eu
diminua (João 3:30)”, onde o crescimento da sua imagem, reputação e
ministério era inversamente proporcional ao crescimento da imagem de Jesus
Cristo, perdeu todo o sentido. Pois sempre tem algum vendilhão e explorador da
fé, pronto a tirar dividendos pessoais, daquilo que ele reputa como graça de
Deus, sejam: Mensagens, Milagres, Músicas, ou, Obras Literárias. A lógica no
mundo cristão contemporâneo é: importa que o meu nome ou da minha denominação
apareça custe o que custar. Nesta perspectiva, o nome de Jesus é só o pretexto
para o sucesso pessoal.
Na
lógica mercadológica cristã, nomes de Pastores ou Cantores, ministérios ou denominações,
viram verdadeiras grifes ou marcas, onde a idéia consumista tem a sua expressão
levada e amplificada à mais estrita dimensão do termo.
Hoje importa
contrariar a lógica Paulina (ninguém é de Paulo, ou Pedro somos todos de
Jesus), pois se o nome estar em voga, fazendo sucesso isto é o que importa para
os cristãos da contemporaneidade. Esquecendo-se que o sucesso no Reino de Deus,
não é medido em números, em horas de programação na TV, em jatinhos, em
quantidade de Igrejas, e sim em qualidade de vida que se aproxima da de Jesus,
conforme assevera Paulo em Fil 2: 5-7 5 “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,6 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser
igual a Deus;7 antes, a si mesmo se
esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e,
reconhecido em figura humana “
Posso
concluir com certeza, contudo com bastante tristeza, que a frase proferida por John Lennon infelizmente, tomou uma
dimensão prática na igreja contemporânea: O
Pastor, O Cantor, O ministério, a denominação, são mais populares que Jesus
Cristo.
Pr. Jonas Silva

|
0 comentários:
Postar um comentário